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Jul 18, 2023

Órgão de direitos humanos da OEA exige proteção para aparente vencedor das eleições na Guatemala em meio a rumores de conspiração

CIDADE DA GUATEMALA – A comissão de direitos humanos da Organização dos Estados Americanos pediu na quinta-feira que a Guatemala forneça proteção a Bernardo Arévalo, vencedor das eleições no país em 20 de agosto, depois que surgiram relatos de uma possível conspiração para matá-lo.

A comissão disse em comunicado na quinta-feira que houve relatos de “pelo menos um” plano para ferir ou matar Arévalo e sua companheira de chapa, Karin Herrera.

O governo da Guatemala disse que ofereceu protecção e Arévalo disse aos jornalistas na Guatemala que estava a coordenar com o governo as medidas de protecção.

Mas a comissão escreveu num comunicado que “no entanto, há preocupação com informações sobre pelo menos um possível plano para atacar a vida e o bem-estar” de Arévalo e Herrera.

“Pelo menos três fontes dentro do governo que são consideradas altamente confiáveis ​​alertaram sobre a existência de um complô de codinome ‘Colosio'”, disse a comissão, uma aparente referência ao assassinato, em 1994, no México, do candidato presidencial do partido no poder, Luis Donaldo Colosio.

Os guatemaltecos votaram em Arévalo de forma esmagadora nas eleições de 20 de agosto, mas a sua oponente, a ex-primeira-dama Sandra Torres, não cedeu nem disse nada nesse sentido. Os resultados eleitorais não foram certificados, um passo legal necessário para que Arévalo se torne presidente.

Esse não é o único problema: o gabinete do procurador-geral também continua investigando o registro de seu partido Movimento Semente e já pediu uma vez a um juiz que o suspendesse.

A plataforma de Arévalo para erradicar a corrupção rendeu-lhe inimigos entre a elite política e económica da Guatemala.

O filho de 64 anos do ex-presidente Juan José Arévalo nasceu no Uruguai, onde seu pai estava exilado após a deposição, em um golpe de 1954, apoiado pela CIA, de seu sucessor, o presidente Jacobo Árbenz, a quem os EUA viam como uma ameaça durante o Guerra Fria.

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